A FORÇA DA MAGIA
Personagens
Flávio, amante de Leucippe – Ator 7
Isabela, mas Leucippe – Ator 5
Graciano, pai de – Ator 4
Flamínia, amante de Flávio, depois se descobre irmã – Ator 2
Horácio, amante de Flamínia – Ator 6
Arlequim, bobo favorito de – Ator 3
Zoroastro, mago – Ator 4
Covielo, companheiro de Arlequim – Ator 6
Crolo, Espírito que não fala – Ator 1
Coisas: Grinalda de flores e 3 coroas de loro
Argumento
Em um tempo muito remoto, muito antes da escrita ser inventada, existia na Grécia meridional uma região que se chamava Arcádia, onde todos os habitantes viviam em paz e esplendor. As principais cidades desta região eram Menfi e Antiniana. Na Arcádia se cultuava todos os deuses antigos sem distinção ou preconceitos, até que um dia, pela intolerância de um dos deuses, em relação aos outros, Menfi foi atacada por inimigos. Foi um sacerdote de Menfi, conhecido por Nicandro, que incitou o seu deus a iniciar a guerra, conclamando-o o melhor dos deuses. Foi o mesmo Nicandro que sofreu a primeira retaliação: sua filha Leucippe desapareceu sem uma explicação aceitável, dizem que ela teria mudado o próprio nome. O outro filho do sacerdote, chamado Horácio, também teve de fugir. Nicandro foi morto. A guerra em Menfi envolveu a cidade vizinha, Antiniana, que teve muitos jovens adolescentes seqüestrados e mortos por amarem o Deus: Eros. Um jovem de Antiniana, chamado Eurillo, já conhecedor de muitas cidades e adorador de Eros, teria deixado um amor em Menfi, e enquanto adorava seu Deus, foi envolvido em uma violenta luta e perdeu a memória, lembrando-se somente de sua amada. Essa história, que se verá agora, se passa em Antiniana alguns anos depois, quando a cidade sofre de escassez, pois dessa vez foi o templo de Diana que foi profanado.
CENA 1: ARLEQUIM e COVIELO
Arlequim gritando com Covielo que não se sustenta em pé pelo cansaço e que desmaia de fome; Covielo que descanse um pouco porque quer ver na próxima cabana se consegue obter um pouco de pão para o seu sustento e sai. Arlequim depois dos seus suspiros se adormenta. Nisto
CENA 2: ZOROASTRO, CROLO e ARLEQUIM
Zoroastro se revela um grande Mago e que para castigar a vila, que profanou o templo de Diana e rompeu com as leis comuns, foi destinado o flagelo daquela gente; vê Arlequim, diz querer, com passes mágicos, difundir uma força para desconcertar o povo, faz seus passes mágicos, invoca Crolo diz que olhe aquele homem. Vem um espírito debaixo da terra e acorda Arlequim. Arlequim acordado faz seus lazzi de medo; Zoroastro que não se assuste que ele será o mais feliz que existirá na vila Antiniana e sai. Arlequim se vê ao lado do Espírito, o acaricia, o Espírito faz uma dança; Arlequim aprecia. Nisto
CENA 3: COVIELO, CROLO e ARLEQUIM
Covielo vê um rapaz dançar com Arlequim pergunta quem é ele; o Espírito foge. Arlequim lhe conta o ocorrido com Zoroastro, que lhe disse que ele será o homem mais feliz de Antiniana; Covielo que pode ser, pois este Zoroastro é um mago conhecido por todos, partem com Covielo dizendo ter encontrado alojamento na próxima cabana. Saem.
CENA 4: GRACIANO e FLÁVIO
Graciano alegrando Flávio, que não viva assim tão melancólico lembrando mais a ama que perdeu o filho; Flávio dá os seus suspiros; Graciano que é clara a causa da sua dor. Flávio, depois de muito solicitado por Graciano, lhe diz que ele amava uma ninfa de beleza singular desde adolescente e que ela correspondia com recíproco afeto, mas quando o pai dela percebeu este amor, a ameaçou de morte e ela desesperada fugiu do seu país; nunca mais se soube nada dela por mais que fizessem as buscas. Foi quando ele desesperado abandonou a vila e tendo rodado por vilas, montanhas e planaltos sem nunca tê-la encontrado veio parar em Antiniana, onde a sua boa intuição o aconselhou. Graciano conta que ele perdeu um filho nas revoltas de Antiniana, mas que já está em paz, que fique alegre porque talvez re-encontre sua ninfa. Sai Graciano fica Flávio. Nisto
CENA 5: FLAMÍNIA e FLÁVIO
Flamínia vê Flávio, lhe diz: “o que há que sempre suspira?”; diz que se alegre sabendo muito bem quanto o ama Graciano seu pai e ela; Flávio que ele sabe muito bem da bondade que eles tem por ele, mas que a dor que lhe aflige é interna; Flamínia que talvez esteja apaixonado por Isabela filha de Selvaggio; Flávio que não conhece Isabela, que não sabe quem ela seja, mas que a sua bela adorada já morreu; Flamínia que amar os mortos é uma loucura e solicita o seu amor; Flávio que tenha compaixão, que não pode amar; Flamínia desesperada parte. Nisto
CENA 6: HORÁCIO e FLÁVIO
Horácio vê Flávio, fazem seus abraços, depois lhe revela estar apaixonado por Flamínia; Horácio se alegra com Flávio, que saia da melancolia que seu mau o causou; Flávio que nunca mais pois sua dor é infinita; Horácio que o quer levar a divertir-se na sua casa; Flávio promete ir, mas que quer avisar Graciano e sai. Horácio fica. Nisto
CENA 7: FLAMÍNIA e HORÁCIO
Flamínia ao ver Horácio diz sempre encontrar-se com Horácio, por ela odiado. Horácio faz sua cena de amor com Flamínia; Flamínia seus desprezos, que ame Isabela, pois ela (Flamínia) não tem coração nem desejo para amar ele; Horácio seu desespero e que a seu respeito, ainda que não queira amá-lo, a quer seduzir. Ela sai, ele vai atrás.
CENA 8: COVIELO e ARLEQUIM
Covielo conta as cortesias que lhes fizeram àquelas ninfas na cabana e que quer ir no templo das três Deusas, segundo o que lhe avisou o espírito Crolo, não deve transgredir as ordens que Zoroastro estabeleceu; Arlequim concorda, conta os obséquios que lhes fizeram todos os pastores e conta dos presentes que recebeu, se encaminham para o templo.
CENA 9: ISABELA e GRACIANO
Isabela implorando para que Graciano conduza sua filha Flamínia à sua casa; Graciano promete, mas logo depois que tiverem feito suas funções no templo, que se encontrarão (os três) no templo; Isabela que assim ela os conduzirá no momento certo, e sai. Nisto
CENA 10: FLÁVIO, GRACIANO
Flávio diz a Graciano que tendo sido convidado por Horácio, seu amigo, a ir à sua casa, queria pedir a ele permissão, em atenção à sua fé; Graciano elogia a sua obediência, mas que antes deve ir ao templo, seguindo o rito da casa de adorar os deuses; Flávio que irá adorar o sacrifício e vão para oferecer os seus votos.
Selva (bosque) com Templo (na luz)
CENA 11: ARLEQUIM, COVIELO e CROLO espírito
Arlequim diz que aquele é o templo das três Deusas que precisa venerar; Covielo e Arlequim oferecem três coroas de loro; Crolo lhes acena que façam a adoração e ofereçam os seus corações aos deuses no templo que estão adorando. Nisto
CENA 12: ISABELA, FLAMÍNIA, ARLEQUIM, COVIELO e CROLO espírito
Isabela vai no templo, vê Arlequim, lhe faz a adoração; Flamínia faz o mesmo, e entre elas discutem como é inusitado o resplendor de luz daquele homem, concluem entre elas que não pode ser nada além de um deus, se ajoelham a seus pés adorando-o; Arlequim diz a Covielo que aquelas mulheres lhes comovem o coração; Covielo que é preciso estar em pé e sério, para que não se estrague a trama; Arlequim que aquela grande mulher lhe feriu o coração e que lhe está tocando com as mãos; Covielo que fique parado. Nisto
CENA 13: FLÁVIO, GRACIANO, ISABELA, FLAMÍNIA, ARLEQUIM, COVIELO e CROLO
feitas as adorações todos três ficam maravilhados ao ver Arlequim, se ajoelham aos seus pés dizendo que ele é o libertador deles, ele restituirá a vila de Antiminia ao que era, vão beijar-lhe as mãos; Arlequim com medo quer fugir; Covielo que fique parado, mulheres em torno para abraçá-lo; Arlequim abraça Isabela; Flávio reconhece Isabela e vai abraçá-la; Arlequim balbuciando chama Crolo, o espírito, e ordena que Flávio seja castigado; Flávio começa a sua loucura fazendo cena sobre a sua bela Leucippe (Isabela); Arlequim que aquele é louco e conduz consigo Isabela; todos saem junto a Arlequim cortejando-o; Flávio que já se encontra fora de si lamenta que ame tanto a sua ninfa.
De volta à cidade
CENA 14: FLAMÍNIA e FLÁVIO
Flaminia perguntando a Flávio o que ele sente e por que faz estas extravagâncias; Flávio a chama de bárbara porque ela roubou o seu bem, a sua cara selvagem Leucippe; Flamínia que ele é tolo, que ame ela que o adora e deixe qualquer outra ninfa; Flávio que Leucippe é a sua alma e faz extravagâncias por ela. Nisto
CENA 15: HORÁCIO, FLAMÍNIA e FLÁVIO
Horácio vê Flávio furioso e o detém; Flávio vai ao seu encontro dizendo: “Você usurpou o meu bem, traidor infiel”. Horácio que ele se engana e que só adora Flamínia, aquela Flamínia que o despreza e aborrece. Flamínia que tem aplicado a outro o seu gênio, quer levar Flávio consigo; ele furioso parte. Horácio para abrandar Flamínia; Flamínia que se cansa à toa e partem.
CENA 16: GRACIANO e COVIELO
Graciano pergunta a Covielo de onde veio aquele Deus; Covielo que ele não sabe, mas enquanto ia para aquela casa apareceu aquele homem e o levou preso, às suas ordens, e lhe conta infinitas façanhas: ter passado rios e montanhas com facilidade e que na selva os animais mais ferozes se ajoelhavam aos seus pés. Graciano roga a Covielo que queira abrandar a ira concebida contra Flávio; Covielo promete. Nisto
CENA 17: ISABELA, GRACIANO e COVIELO
Isabela rogando a Graciano para ver Flávio; Graciano afirmando que Flávio está fora de si, está frenético por ela, que este homem, como servo daquele homem pródigo, que apareceu no templo, pode ajudá-la. Isabela faz suas súplicas à Covielo; Covielo que tentará ajudá-la; sai Isabela e Graciano, fica Covielo. Nisto
CENA 18: ARLEQUIM, COVIELO e CROLO espírito
Arlequim entra em cena falando sobre os abraços que queria dar naquela Ninfa que se deslumbrava por ele no templo. Que fez Flávio enlouquecer graças às virtudes do espírito e do Mago, que lhe deu o poder de ordenar. Covielo que ele precisa fazer voltar a si Flávio; Arlequim que não, porque ele lhe tirará a ninfa; Covielo que aquilo é uma injustiça; Arlequim chama Crolo; Crolo lhe fala ao ouvido, depois Arlequim diz a Covielo que não se pode fazer nada, Crolo desaparece com raiva. Nisto Arlequim promete pensar. Nisto
CENA 19: FLAMÍNIA, ARLEQUIM e COVIELO
Flamínia corre para abraçar Arlequim e suplica que a agracie para que seja correspondida por Flávio e que o devolva ao seu estado natural; Arlequim que quer servi-la e chama Crolo, ele lhe fala ao ouvido. O espírito trás uma grinalda e dá a Arlequim; Arlequim coloca-a na cabeça de Flamínia e sai com Covielo. Nisto
CENA 20: FLÁVIO e FLAMÍNIA
Flávio vê a ninfa com a grinalda mágica, pensa ser Isabela; vai ao seu encontro e faz cena amorosa dizendo como encontra-se naquele lugar Leucippe, Flamínia crê que seja um efeito da sua loucura chamá-la de Leucippe; mesmo assim fazem cena de amor entre eles. Nisto
CENA 21: ISABELA, FLÁVIO e FLAMÍNIA
Isabela ouve que Flávio ama Flamínia, com ciúmes, chama Flávio de infiel e Flamínia de traidora que roubou o seu amor. Flávio com raiva contra Isabela lhe diz: “ô diabo dos infernos saia da minha frente”; Isabela grita suas censuras contra a sua infidelidade. Flávio conduz consigo Flamínia para fora do palco; Isabela chorando pelo infiel Flávio. Nisto
CENA 22: ARLEQUIM e ISABELA
Arlequim vê chorando Isabela, lhe faz carícias; Isabela manda que se afaste dela; Arlequim suas delicadezas; Isabela insiste que se afaste, que ela não ama outro além de Flávio. Arlequim chama Crolo, lhe fala ao ouvido e lhe põe uma grinalda na cabeça transformando Arlequim em Flávio; Parte o espírito, Isabela diz: “Flávio meu caro, porque tão infiel se mostre, quando eu por ti morro?” Arlequim revela o seu amor, que lhe quer bem e que sofre por ela, pega em sua mão. Nisto
CENA 23: HORÁCIO, ARLEQUIM e ISABELA
Horácio os vêem de mãos dadas, se alegra por Arlequim, que acredita ser Flávio, por ter resolvido os seus amores com Isabela; Arlequim que lhe quer bem de dentro do seu coração, e saem Isabela e Arlequim. Horácio fica. Nisto
CENA 24: FLAMÍNIA e HORÁCIO
Flamínia vê Horácio, diz que ele é o objeto do seu ódio, mas como Flamínia não está com a grinalda encantada na cabeça não se afigura com Isabela; Horácio suplica o seu amor da mesma forma que se amam Flávio a Isabela; Flamínia que ela é Flamínia e não Isabela e que Flávio a ama; Horácio que ela se engana porque ele acabou de ver Flávio com as mãos dadas a Isabela; Flamínia que ele é louco. Nisto
CENA 25: FLÁVIO, FLAMÍNIA e HORÁCIO
Flávio vê Horácio, o cumprimenta. Flamínia diz a Horácio que verá com seus próprios olhos o amor que Flávio tem por ela, vai pegar em sua mão; Flávio se afasta dizendo que ame Horácio, que ele ama Leucippe. Flamínia suas aflições; Horácio que ela é besta, que Flávio adora Isabela. Nisto
CENA 26: ISABELA, FLÁVIO, FLAMÍNIA e HORÁCIO
Isabela corre da direção de Flávio para abraçá-lo; Flamínia com ciúmes que Flávio é seu; Flávio que Leucippe, é sua; Horácio seduzindo Flamínia, que aperta o seu Flávio. Nisto
CENA 27: ARLEQUIM, ISABELA, FLÁVIO, FLAMÍNIA e HORÁCIO
Arlequim vê Isabela com mãos dadas a Flávio, chama Crolo; Crolo com a grinalda, a põe na cabeça de Arlequim que assume a figura de Flávio. Isabela deixa Flávio e vai em direção a Arlequim que a encanta como se fosse Flávio. Flamínia também o toma pela mão; Arlequim a encanta como se fosse Flávio; Arlequim dá suas risadas enganando a todos e levando embora, com seus lazzi de saudações, as mulheres. Horácio e Flávio se admiram sem palavras e saem.
CENA 28: ARLEQUIM, COVIELO
Arlequim se gabando pela boa vida que têm entre aqueles homens e sobre os poderes dados pelo Mago Zoroastro, de ter-lhes dado aquele espírito familiar que lhes diz tudo. Fala dos poderes da grinalda que transforma a fisionomia das pessoas de acordo com o seu querer. Covielo diz que ele não opere com injustiça, porque o Mago poderia tirar-lhe os poderes. Arlequim que aquela diaba da Isabela lhe feriu o coração. Arlequim que quer dar uma satisfação à pessoa de Graciano, a quem quer que todos se enamorem. Nisto
CENA 29: GRACIANO, ARLEQUIM e COVIELO
Graciano saúda Arlequim como seu deus protetor, diz que se pudesse obrigaria toda a vila a saudá-lo naquele lugar; Arlequim chama Crolo; Crolo lhe fala ao ouvido e lhe traz um colar de loro; Arlequim pega e o dá a Graciano, que o coloque no peito; Graciano obedece. Arlequim e Covielo que quer ir encontrar as ninfas, partem. Graciano fica, nisto
CENA 30: ISABELA e GRACIANO
Isabela vendo Graciano acredita ser Flávio, vai abraçá-lo chamando-o Flávio; Graciano seus estupores que ela enlouqueceu como Flávio; Isabela que não lhe dê mais tormentos, que lhe dê a mão; Graciano lhe dá. Nisto
CENA 31: FLAMÍNIA, ISABELA e GRACIANO
Flamínia vê os dois de mãos dadas; Isabela diz que Flávio é seu; Graciano que sua filha também enlouqueceu e que o deixem, que ele tem mais o que fazer e sai. Mulheres negociam, cada uma diz que Flávio é seu. Nisto
CENA 32: HORÁCIO, FLÁVIO, FLAMÍNIA e ISABELA
Horácio vê as mulheres que se afrontam; Flávio prende Antiminia pela mão, Horácio Flamínia, as levam embora. Flamínia sai com repugnância.
Se abre o proscênio
CENA 33: ZOROASTRO, CROLO
Zoroastro faz círculos, chama Crolo e lhe dá a ordem que não quer que dê mais assistência a Arlequim porque ele se tornou soberbo e injusto; Crolo faz seus sinais e sai.
Se fecha o proscênio
CENA 34: ARLEQUIM e FLÁVIO
Arlequim que se Flávio não desistir de Isabela fará ele enlouquecer de novo; Flávio que ele não desistirá nunca; Arlequim chama Crolo, ele não aparece, chama de novo, não o encontra. Nisto
CENA 35: ISABELA, ARLEQUIM e FLÁVIO
Isabela vê Flávio e corre para abraçá-lo; Arlequim diz suas bravatas sendo ela uma descarada; Flávio vai bater em Arlequim; Arlequim chama Crolo e Covielo, não aparece ninguém. Nisto
CENA 36: HORÁCIO, ISABELA, ARLEQUIM e FLÁVIO
Horácio vê Arlequim, pergunta quem é ele; Arlequim diz ser o ídolo Mannocco; Horácio demonstra os seus desprezos e nunca ter visto figura mais feia que ele, depois se alegra com Flávio e Isabela. Nisto
CENA 37: FLAMÍNIA, GRACIANO, HORÁCIO, ISABELA, ARLEQUIM e FLÁVIO
Graciano falando sobre o que ocorreu com as duas mulheres, que o tinham tomado por Flávio e sobre as extravagâncias delas, e que não sabia de onde teria tido origem a fantasia delas. Vêem Arlequim, lhe dizem que desgraça é aquela; Arlequim que ele é o ídolo Mannocco, que o tinham adorado até aquele momento, que agora ninguém mais olha pra ele e que ele quer mandar toda a vila se lenhar. Nisto
CENA 38: ZOROASTRO, FLAMÍNIA, HORÁCIO, ISABELA, ARLEQUIM, FLÁVIO E CROLO
Crolo entra anunciando o mago. Zoroastro surge do meio da confusão e manda que todos se calem; Arlequim vai abraçar Zoroastro e Crolo; Zoroastro que se afaste; Arlequim seus temores; Zoroastro que veio para dar tranqüilidade para a vila e todos e revela que todas aquelas desordens, estas gags e transmutações de pessoas, foi ele quem fez por meio daquela pessoa idiota e pelos poderes da sua magia para castigar a todos que profanaram o templo de Diana e que, para aplacar a ira dos deuses, é preciso que um jovem árcade se case com uma mulher de Menfi; Graciano diz que o jovem poderá se casar, mas que nenhuma mulher de Menfi se encontra na Arcádia; Zoroastro que Isabela é de Menfi, filha de Nicandro, sacerdote de Menfi, e que Flávio não é exatamente Flávio, mas Eurillo, filho de Graciano, que foi raptado criança na revolução de Antiniana. Graciano vai reconhecer ele por um signo no braço, o aperta contra o seu peito, e se estabelecem as núpcias, declarando-se que o nome de Isabela é Leucippe. Flamínia reconhece Flávio por irmão e é casada com Horácio, que se descobre irmão de Leucippe, que fugiu nas rebeliões quando Menfi foi atacada e que o seu tio o levou para fora da cidade para deixá-lo em segurança. Arlequim se ajoelha aos pés de Zoroastro que o ajude; Zoroastro que vá à sua gruta subterrânea que encontrará Covielo e aprenderá a arte da magia e sai, terminando o sujeito da Força da Magia.
Cenas a serem ensaiadas
Horácio faz sua cena de amor com Flamínia; Flamínia seus desprezos.
Crolo lhes acena que façam a adoração e ofereçam os seus corações aos deuses.
Flávio começa a sua loucura fazendo cena sobre a sua bela Leucippe (Isabela).
Flávio que Leucippe é a sua alma e faz extravagâncias por ela.
Isabela faz suas súplicas à Covielo.
Flávio faz cena amorosa com Flaminia pensando ser Leucippe.
Isabela com ciúmes.
Lazzi de saudações às mulheres.
Bravo, bravíssimo!
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