sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O ARRANCADENTES


O ARRANCADENTES
Adaptação de Marcus Villa Góis da tradução de Roberta Barni do original de Flaminio Scala em Il teatro delle favole rappresentative... Ed. Iluminuras, São Paulo, 2003. 1ª Ed.: Pulciani, Veneza, 1611.

Personagens

Pantaleão, ator 1.
Horácio, filho, ator 6.
Flamínia, filha, ator 2.
Arlequim, criado, ator 3.
Flávio, ator 7.
Isabela, viúva, irmã, ator 5.
Francisquinha, criada, ator 2.
Covielo, criado, ator 6.
Doutor Graciano, sozinho, ator 4.
Capitão Spavento, sozinho, ator 7.
Pasquela, velha, sozinha, ator 2.
 
Coisas: duas caixas de confeitos, roupa de arrancadentes com barba, ferramentas de ferreiro, uma cadeira bonita, pastilhas brancas como dentes. Roupa extra de Pantaleão. Um vestido.


Argumento
                Na cidade de Roma viveu outrora um certo Pantaleão, pai de um jovem, Horácio, e de uma filha, chamada Flamínia. Este jovem, apaixonou-se por uma nobre viúva, certa Isabela, que com recíproca afeição retribuía o seu amor. Pantaleão, da mesma forma, e não menos do que o filho, ardia por Isabela. Vendo-se quase que escarnecido, Pantaleão julgou que talvez isso acontecesse por ter seu filho Horácio por rival, e, para que este não lhe fosse de empecilho no porvir, resolveu endereçá-lo nos estudos.
                Este fato chegou aos ouvidos da viúva Isabela, a qual, sofrendo muito por tais acontecimentos, foi se aconselhar com uma sua velha parenta. Esta disse-lhe possuir um segredo feito de certos confeitos, dos quais, quem provasse, ficaria quase privado de tino, e disse ainda possuir outro segredo, de efeito contrário àquele. Julgava ela que, se com tal segredo tirasse Horácio de seu tino, seria fácil dissuadir o pai de mandá-lo estudar fora. Isabela consentiu com isto, e deu a Horácio o segredo combinado. O que depois se sucedeu, pela conclusão da fábula será conhecido.

Roma, Cidade

CENA 1: PANTALEÃO e ARLEQUIM
Pantaleão conta a Arlequim do amor que tem por Isabela viúva, e diz suspeitar que Horácio, seu filho, lhe seja rival, e que, com esta suspeita, decidiu mandá-lo estudar fora. Arlequim repreende-o, tomando o partido de Horácio. Pegam-se com palavras e fatos: Pantaleão bate em Arlequim e morde-lhe o braço, mostrando tê-lo mordido forte. Pantaleão, ameaçando, vai embora, dizendo que fale com Francisquinha em seu nome, sai. Arlequim diz que vai se vingar da mordida que Pantaleão lhe deu; nisto

CENA 2: FRANCISQUINHA e ARLEQUIM
Francisquinha vai procurar Horácio, por ordem de sua patroa; vê Arlequim e fica sabendo dele a razão de sua dor no braço; combinam fingir que o hálito de Pantaleão fede, para se vingarem. Francisquinha pede para Arlequim falar sobre o amor de sua patroa a Horácio. Francisquinha entra em casa; Arlequim fica; nisto

CENA 3: FLÁVIO e ARLEQUIM
Flávio revela a Arlequim o seu amor por Flamínia, dando um encontrão em seu braço. Arlequim grita, depois combinam fingir que o hálito de Pantaleão fede. Flávio sai; Arlequim fica; nisto

CENA 4: DOUTOR e ARLEQUIM
Doutor avisa a Arlequim que Pantaleão lhe deve vinte e cinco escudos; pega Arlequim pelo braço, ele grita; faz com ele a mesma combinação do hálito fedido, prometendo que ele tenha de volta os seus vinte e cinco escudos. Doutor sai; Arlequim vai encontrar Horácio, sai.

CENA 5: CAPITÃO ESPAVENTO
Capitão fala do amor por Isabela e as suas proezas; nisto

CENA 6: COVIELO e CAPITÃO
Covielo, criado de Isabela, se admira com as proezas, Capitão afirma que pode lhe ensinar sua arte se o fizer entrar na casa de Isabela. Covielo aceita, mas antes precisa entrar pra fazer Isabela vir para fora. Capitão espera.

CENA 7: FLAMÍNIA e CAPITÃO
Flamínia que pela janela viu o Capitão, que ela ama, roga-lhe o seu amor; nisto

CENA 8: ISABELA, FLAMÍNIA e CAPITÃO
Isabela vem para fora de casa, acreditando encontrar Horácio; Capitão roga-lhe o seu amor. Ela enxota-o, e ele faz o mesmo com Flamínia, fazendo cena de trio.

CENA 9: ARLEQUIM, ISABELA, FLAMÍNIA e CAPITÃO
Arlequim ouve a cena apartado. No final Isabela entra em casa, enxotando o Capitão; ele faz o mesmo com Flamínia, e vai embora; Flamínia fica, angustiada; nisto

CENA 10: ARLEQUIM e FLAMÍNIA
Arlequim ameaça contar ao pai dela; ela implora sua ajuda para ter o Capitão. Arlequim condiciona se ela aceitar a combinação sobre o hálito fétido do pai. Ela aceita e entra em casa. Arlequim diz que seu braço está dormindo como nunca, apesar de ter sido medicado, e que quer se vingar de qualquer modo; nisto

CENA 11: COVIELO e ARLEQUIM
Covielo chega. Arlequim, com dinheiro, o induz a se fingir arrancadentes, manda-o se disfarçar, Covielo sai. Arlequim demora-se; nisto

CENA 12: HORÁCIO e ARLEQUIM
Horácio ouve de Arlequim que Pantaleão, seu pai, é seu rival pelo amor de Isabela, e que quer mandá-lo estudar fora. Horácio, magoado com tais notícias, pede a proteção de Arlequim, que promete ajudá-lo, e combinam sobre o hálito. Horácio: que gostaria de conversar com Isabela. Arlequim chama-a.

CENA 13: ISABELA, HORÁCIO e ARLEQUIM
Isabela ouve sobre o seu amor e sua dura partida. Ela entristece; nisto

CENA 14: PANTALEÃO, ISABELA, HORÁCIO e ARLEQUIM
Pantaleão entra falando alto. Isabela, ao ouvi-lo, vai para dentro. Arlequim grita com Horácio porque não que ir estudar fora. Pantaleão vê o filho, e manda-o se aprontar já, já, porque quer que vá imediatamente. Horácio, todo temeroso, entra para fazer os preparativos, olhando bem para Arlequim. Pantaleão fica sabendo que Arlequim falou com Francisquinha; depois ouve Arlequim dizendo: “Ai de mim, patrão, seu hálito fede demais!”; Pantaleão ri-se; nisto

CENA 15: FRANCISQUINHA, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Francisquinha faz o mesmo, dizendo que, se seu hálito não fedesse, Isabela o amaria, e entra. Pantaleão fica pasmado; nisto

CENA 16: FLÁVIO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Flavio passa e, aos sinais de Arlequim, faz o mesmo com Pantaleão, e sai. Pantaleão pasma-se com tamanha desmesura; nisto

CENA 17: DOUTOR, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Doutor chega; Arlequim faz-lhe o sinal da coisa do hálito; Doutor faz o mesmo, e sai. Pantaleão: que quer perguntar para sua filha se aquele fedor é mesmo real; chama-a.

CENA 18: FLAMÍNIA, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Flamínia confessa ao pai o quão demasiadamente seu hálito está fedendo, e entra, eles ficam; nisto.

CENA 19: HORÁCIO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Horácio sai de casa, confirma a mesma coisa, depois volta para dentro. Pantaleão decide mandar arrancar aquele dente que causa o fedor; manda que Arlequim lhe traga um arrancadentes, e entra. Arlequim fica.

CENA 20: COVIELO e ARLEQUIM
Covielo vem vestido de arrancadentes, carregando uma cadeira. Arlequim manda Covielo arrancar todos os dentes de Pantaleão, dizendo-lhe que estão estragados; recolhe-se. Covielo, sob suas janelas, grita: “Quem tem dentes estragados”; nisto

CENA 21: PANTALEÃO e COVIELO
Pantaleão da janela chama-o, depois sai. Covielo puxa todas as suas ferramentas, as quais são todas ferramentas de ferreiro, nomeando-as uma a uma ridiculamente; manda-o sentar, e com a torquês arranca-lhe quatro dentes bons. Pantaleão, de tanta dor, agarra-se à barba do arrancadentes, a qual, sendo postiça, fica em sua mão. Covielo foge, Pantaleão arremessa-lhe a cadeira, depois, queixando-se da dor de dente, entra em casa.

CENA 22: PASQUELA
Pasquela, amiga de Isabela, chega para visitá-la; bate.

CENA 23: ISABELA e PASQUELA
Isabela narra a Pasquela o amor de Horácio, e que ele tem de partir para obedecer ao pai. Pasquela consola-a, prometendo-lhe ajuda com seus segredos, diz que mande Covielo em uma hora à sua casa, que ela vai enviar por ele os confeitos da loucura e da sanidade; sai. Isabela fica, alegre; nisto

CENA 24: ARLEQUIM e ISABELA
Arlequim entra alegre pela peça pregada em Pantaleão. Isabela pergunta por Horácio, Arlequim responde que Pantaleão está irredutível, e que quer que Horácio saia da cidade; nisto

CENA 25: PANTALEÃO, HORÁCIO, ARLEQUIM e ISABELA
Pantaleão entra para levar Horácio ao banco para buscar dinheiro, de modo que parta imediatamente; vê Isabela, cumprimenta-a, depois vai embora. Horácio vai atrás, mas com sinais, cumprimenta Isabela e pede a proteção de Arlequim, sai. Isabela diz a Arlequim que retorne em uma hora à sua casa; nisto

CENA 26: FLÁVIO, ARLEQUIM e ISABELA
Flávio entra em cena e vê Arlequim conversando com sua irmã, fica desconfiado e manda-a para casa. Isabela entra em casa. Flávio ameaça Arlequim, o qual o abranda dizendo-lhe que quer que ele tenha Flamínia por esposa, e que vai colocá-lo na casa dela. Flávio, alegre, recebe ordens de se disfarçar de arrancadentes, sai. Arlequim, rindo, vai procurar Horácio, sai.

CENA 27: COVIELO
Covielo diz ter se divertido à custa de Pantaleão; nisto

CENA 28: ISABELA e COVIELO
Isabela surge à janela, manda Covielo à casa de Pasquela para pegar os confeitos; recolhe-se. Covielo fica; nisto

CENA 29: ARLEQUIM e COVIELO
Arlequim chega e começam a rir da peça que pregaram em Pantaleão; nisto

CENA 30: CAPITÃO, ARLEQUIM e COVIELO
Capitão chega, esbraveja com Covielo que foi chamar Isabela e nunca mais voltou. Covielo diz que sua patroa deixou ordens com Arlequim sobre o que ele deve fazer para entrar em casa, dizendo isso apartado. Capitão dirige-se a Arlequim. Covielo foge. Arlequim, não sabendo coisa nenhuma, diz o que lhe vem à cabeça: que ele vá se vestir à veneziana, como Pantaleão, e que o levará para dentro de casa. Capitão, alegre, vai se disfarçar, sai. Arlequim fica; nisto

CENA 31: FLAMÍNIA e ARLEQUIM
Flamínia pergunta-lhe o que será do seu assunto com o Capitão. Arlequim: que à noite o amigo virá, em trajes femininos; pede emprestado um dos seus vestidos. Flamínia, alegre, entra pega um vestido entrega-lhe, e entra novamente. Arlequim demora-se.

CENA 32: DOUTOR e ARLEQUIM
Doutor quer de Arlequim os vinte e cinco escudos que lhe prometeu em nome de Pantaleão, e Arlequim, solicitado, lhe dá o vestido; Doutor aceita; nisto

CENA 33: PANTALEÃO, DOUTOR e ARLEQUIM
Pantaleão chega, vê a roupa de sua filha com o Doutor, chama-o de ladrão, insulta-o. Arlequim o mesmo, nunca ouvindo as palavras do Doutor. Pantaleão toma o vestido e, com Arlequim, entra. Doutor, desesperado, diz que vai à justiça, sai.

CENA 34: HORÁCIO
Horácio vai para reverenciar Isabela, antes de sua partida; bate.

CENA 35: ISABELA
Isabela vem para fora; fazem cena amorosa; Isabela roga a Horácio que coma alguns confeitos que ela lhe mandará, antes de partir. Horácio promete. Ela entra em casa; Horácio sai.

CENA 36: FLÁVIO
Flávio vestido de arrancadentes, grita embaixo da janela de Pantaleão; nisto

CENA 37: PANTALEÃO
Pantaleão vem para fora, dá-lhe pauladas, tomando-o por Covielo, o arrancadentes, Flávio foge. Pantaleão entra.

CENA 38: CAPITÃO
Capitão entra vestido como Pantaleão procurando Arlequim; nisto

CENA 39: FLÁVIO e CAPITÃO
Flávio toma-o por Pantaleão, enche-o de pauladas direitinho, todos saem.

CENA 40: COVIELO
Covielo entra com as caixas de confeitos, bate chamando Isabela.

CENA 41: ISABELA e COVIELO
Isabela recebe as caixas, manda a da loucura para Horácio, guarda a outra que cura e entra em casa. Covielo fica; nisto

CENA 42: ARLEQUIM e COVIELO
Arlequim chega; Covielo lhe dá a caixa para que ele entregue a Horácio. Sem que Covielo veja, Arlequim pega alguns confeitos e os guarda em sua bolsa; nisto

CENA 43: HORÁCIO, ARLEQUIM e COVIELO
Horácio recebe a caixa; Horácio leva consigo Covielo, para mandar algumas coisas a Isabela. Arlequim fica, come os confeitos escondidos, depois fica fora de si; nisto

CENA 44: CAPITÃO e ARLEQUIM
Capitão quer matá-lo. Arlequim diz disparates, faz loucuras. Capitão espanta-se, deixa Arlequim ir, e fica.

CENA 45: FLAMÍNIA e CAPITÃO
Flamínia novamente roga o amor do Capitão; ele, encolerizado, enxota-a; ela, indignada, decide amar Flávio, e entra. Ele fica pensativo e sai de cena.

CENA 46: DOUTOR
Doutor, revoltado, diz que a justiça vai agir por ele; nisto

CENA 47: ARLEQUIM
Arlequim chega; Doutor esbraveja com ele sobre os 25 escudos e o vestido; Arlequim responde-lhe como louco. Doutor sai; Arlequim fica.

CENA 48: FRANCISQUINHA e ARLEQUIM
Francisquinha conversa com Arlequim, e ele faz o mesmo de antes, depois sai. Francisquinha segue-o pela rua.

CENA 49: COVIELO
Covielo, desesperado, bate à casa de Isabela.

CENA 50: ISABELA e COVIELO
Isabela aparece na janela. Covielo afirma que Horácio, depois de ter comido os confeitos, ficou louco. Ela: que faça de tudo para trazê-lo até ela. Covielo sai. Ela fica suspirando; nisto

CENA 51: FLÁVIO e ISABELA
Flávio pergunta a Isabela o motivo de estar tão tristonha. Ela, estimulada, narra-lhe tudo o que aconteceu com o seu amor e da loucura de Horácio, e que tem o antídoto para curá-lo. Flávio, alegre, dizendo que ama a irmã dele, e que deixe tudo em suas mãos, manda-a que entre em casa, ele sai para encontrar Pantaleão.

CENA 52: PANTALEÃO
Pantaleão diz que não sabe se Horácio partiu; nisto

CENA 53: ARLEQUIM e PANTALEÃO
Arlequim chega, Pantaleão pergunta por Horácio, Arlequim responde com disparates a Pantaleão; nisto

CENA 54: HORÁCIO, ARLEQUIM e PANTALEÃO
Horácio entra com acessório de louco, faz diversas loucuras, sai. Arlequim faz o mesmo, sai. Pantaleão desespera-se; nisto

CENA 55: FLÁVIO e PANTALEÃO
Flávio chega, Pantaleão diz que Horácio ficou louco, Flávio consola Pantaleão dizendo-lhe que a saúde de Horácio está nas mãos de sua irmã. Pantaleão manda-a chamar, Flávio chama Isabela.

CENA 56: ISABELA, FLÁVIO e PANTALEÃO
Isabela sai de casa e oferece a Pantaleão a cura de Horácio, seu filho, mas que para isto quer duas graças: a primeira, que Flamínia seja mulher de Flávio seu irmão, e a outra, que Horácio seja marido de quem ela quiser. Pantaleão, alegre, chama Flamínia.

CENA 57: FLAMÍNIA, ISABELA, FLÁVIO e PANTALEÃO
Flamínia, contente, recebe Flávio por marido; nisto

CENA 58: HORÁCIO, FLAMÍNIA, ISABELA, FLÁVIO e PANTALEÃO
Horácio entra em cena fazendo loucuras e dizendo disparates. Flávio e Isabela leva-o para sua casa com destreza, os outros ficam.

CENA 59: FLÁVIO, FLAMÍNIA, e PANTALEÃO
Flávio volta dizendo que Horácio voltou a si.

CENA 60: HORÁCIO, ISABELA, FLÁVIO, FLAMÍNIA e PANTALEÃO
Horácio entra em cena com Isabela, ela solicita a outra graça a Pantaleão e pede-lhe Horácio como marido; Pantaleão concorda; nisto

CENA 61: DOUTOR, ARLEQUIM, HORÁCIO, ISABELA, FLÁVIO, FLAMÍNIA e PANTALEÃO
Doutor entra fugindo de Arlequim louco. Flávio dá uns confeitos a Arlequim, cura-o. Arlequim vê Pantaleão e revela a vingança da mordida, com a coisa do hálito e de lhe arrancar os dentes. Arlequim pede perdão por tudo que ele fez, dizendo que confessa seu erro, pede perdão a todos os que ele ofendeu; todos riem-se.

Cenas a serem ensaiadas
Capitão fala do amor por Isabela e as suas proezas.
Isabela, Flamínia e Capitão fazendo cena de trio.
Horácio fala do seu amor a Isabela .
Covielo nomeia as ferramentas uma a uma ridiculamente.
Pantaleão arremessa a cadeira em Covielo.
Isabela e Horácio fazem cena amorosa.
Arlequim fica fora de si.
Horácio faz diversas loucuras e sai, Arlequim faz o mesmo.
Flamínia recebe Flávio por marido.
Flávio e Isabela levam Horácio, louco, com destreza.