terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Falso Marido


O FALSO MARIDO
Tradução, adaptação e argumento: Marcus Villa Góis. Manuscrito original de Basilio Locatelli, conservado na Biblioteca Casanatense Roma, Manoscritti 1211 e 1212. Publicado por: TESTAVERDE, Anna Maria. I Canovacci della Comedia dellArte. Torino: Giulio Einaudi, 2007.

Personagens
Pantaleão, ator 1.
Flamínia, filha, ator 2.
Flávio, jovem, ator 7.
Arlequim, servo, ator 3.
Graciano, ator 4.
Isabela, filha, ator 5.
Horácio, jovem, ator 6.
Francisquinha vestida de homem, falso marido de Isabela, ator 2.
Colombina, serva, ator 1.

Coisas: um vestido de Flamínia e um véu; seis roupas de dormir; seis lanternas com luz. Uma roupa de homem para Francisquinha.

Argumento:
                Existiam numa pequena cidade do interior da Itália dois velhos amigos na tristeza e na alegria, nas aventuras e nas desventuras. Pantaleão e Graciano, dois velhos ricos, viviam felizes até que suas esposas morreram e os deixaram viúvos criando seus filhos. Pantaleão criava Flamínia e Flávio com a ajuda de Arlequim. Já Graciano criava Isabela e Horácio com a ajuda de Francisquinha e Colombina. Sabendo que Graciano queria dar Isabela como esposa a seu amigo Pantaleão Francisquinha fugiu de casa com a intenção de ajudar sua patroa e nunca mais voltou. Pantaleão percebendo que seu filho Flávio poderia atrapalhar seu casamento o mandou para o exterior. Pantaleão quis retribuir o favor do amigo e deu a mão de sua filha Flamínia a Graciano. Acontece que surgiu na cidade um nobre cavaleiro rico e acabou por fazer com que Graciano mudasse de idéia e desse Isabela a ele. Isabela e o nobre cavaleiro se casaram. A partir desses dados começa o nosso espetáculo.

Cidade

CENA 1: HORÁCIO e FLÁVIO
Horácio vem pela rua; se alegra com Flávio porque voltou do exterior; Horácio conta que Isabela, filha de Graciano, se casou; Flávio se desespera, pois ela prometeu não tomar outro por marido além dele; Horácio sem graça pela gafe, parte pela rua. Flávio fica se lamentando pela falta da palavra de Isabela, diz que quer esclarecer, bate na casa dela. Nisto

CENA 2: ARLEQUIM e HORÁCIO
Arlequim de casa, reconhece Flávio seu patrão, se alegra por ter voltado do exterior, lhe diz que Isabela se casou; Flávio pede ajuda a Arlequim, promete-lhe gorjeta; Arlequim diz não poder, por ser um marido muito ciumento e mantê-la na rédea curta, ao fim, depois de lazzi, diz que tentará falar com ela, partem pela estrada.

CENA 3: PANTALEÃO
Pantaleão saindo de casa, diz que casará Flamínia, sua filha, com Graciano, que já lhe deu a palavra. Nisto

CENA 4: GRACIANO e PANTALEÃO
Graciano vindo de casa, diz querer fazer logo a festa de casamento para desfrutar a lua de mel dele e da filha de Pantaleão, isto é, Flamínia; Pantaleão quer dar ela, bate na casa dele. Nisto

CENA 5: FLAMÍNIA, GRACIANO e PANTALEÃO
Flamínia sai de casa, ouve de Pantaleão que se casará com Graciano, se lamenta por ser velho, mas ao fim, para satisfazer seu pai, lhe toca a mão e promete se casar. Flamínia entra em casa; Pantaleão e Graciano dizem querer dar a ordem para organizar as núpcias, partem pela rua.

CENA 6: HORÁCIO
Horácio vem pela rua e fala sobre o amor que sente por Flamínia, resolve falar com ela, revelar o seu amor e perguntar se ela o quer por namorado, bate. Nisto

CENA 7: FLAMÍNIA e HORÁCIO
Flamínia da janela de casa, ouve o amor de Horácio, ela demonstra querer bem a ele, depois diz estar prometida em casamento a Graciano, Horácio se desespera porque o pai a prometeu em casamento; ao fim concordam estragar as núpcias, Flamínia entra em casa; Horácio fica, desesperado pela sua desgraça e por não saber como estragar as núpcias. Nisto

CENA 8: ARLEQUIM e HORÁCIO
Arlequim vem pela rua, vê Horácio desesperado, ao fim entende que ele está apaixonado por Flamínia, a qual está prometida a Graciano, é solicitado a estragar as núpcias com uma boa gorjeta, ele promete fazer o melhor; Horácio parte pela rua, Arlequim fica, diz querer falar com Isabela pelo amor de Flávio, bate na casa dela. Nisto

CENA 9: FRANCISQUINHA e ARLEQUIM
Francisquinha saindo de casa, vestida de homem, bradando, diz ter ouvido baterem na porta e não saber quem seja, vê Arlequim, lhe grita perguntando se ele bateu na porta, Arlequim diz que não, que está indo trabalhar e se retira à parte; Francisquinha chama fora Isabela. Nisto

CENA 10: ISABELA, FRANCISQUINHA e ARLEQUIM
Isabela saindo de casa, dá a entender que seja honesta, sã, que nem se mostra da janela se quiser tomar um ar, nem vá perto do pátio ou na frente da casa, nem fala com pessoa alguma. Francisquinha manda ela se comportar, pois ouviu alguém batendo na porta. Isabela diz que fará o melhor, entra em casa, Francisquinha parte pela estrada; Arlequim diz que, estando o marido fora de casa, deseja falar com Isabela. Nisto

CENA 11: FLÁVIO
Flávio vem pela rua e pergunta a Arlequim se ele falou com Isabela. Arlequim fala que não porque o marido dela não deixou, mas que agora ele saiu e por isso vai tentar de novo; Flávio se retira à parte, Arlequim bate. Nisto

CENA 12: ISABELA
Isabela sai de casa, entende as desgraças de Arlequim, isto é, ter morrido a esposa. Arlequim diz querer, no entanto,  dar uma boa nova, isto é, ter Flávio tornado do exterior, seu tão querido namorado, que se quiser falar com ele o fará vir, Isabela diz ter se casado e que por honra do seu marido não cuida mais do amor de Flávio, Arlequim suplica dizendo que se quiser recordar daquele que amou mais que a própria vida, que foi fiel amante, diz: “Será possível  que tenhas um coração de gelo, que não se recorde um pouco daquele fogo amoroso que existia antes? Será tão cruel que, vendo quem por ti se destrói e morre, não se move a piedade? Que és sórdida mais que o mármore? Que não quer sentir o seu sofrer? Recorde do seu caro e fiel Flávio!” Isabela, depois de estar quieta diante das palavras de Arlequim, sem ter nunca respondido, desmaia nos braços de Arlequim, sem falar nem responder; Arlequim pede ajuda e grita, Flávio acode ao rumor, vendo Isabela desmaiada, se desespera, Arlequim faz lazzi com o tê-la nos braços, depois a leva em casa e entra; Flávio desesperando-se parte pela rua.
CENA 13: ARLEQUIM
Arlequim sai de casa, diz que Isabela retornou a si, parte para dar as boas novas a Flávio pela rua.

CENA 14: FLÁVIO e HORÁCIO
Flávio vem pela rua; Horácio diz ser verdade que Flamínia se casará; Flávio responde que Isabela, sua amada, também ganhou marido; se lamentam das suas desgraças, depois resolvem ir ao menos às núpcias para gozarem a vista. Nisto

CENA 15: GRACIANO, FLÁVIO e HORÁCIO
Graciano vem pela rua, fala sobre as núpcias e de estar contente com a mulher que pegou; Flávio fala como eles desejam ir às núpcias, Graciano agradece aos jovens e diz que não se incomodem, Horácio diz que querem ir porque querem cantar e tocar, Graciano os dispensa, os jovens insistem ainda que querem ir, fazendo mil ofertas, ele os dispensa de novo fazendo lazzi, eles dizem que em breve se verão nas núpcias, partem pela rua; Graciano fica dizendo como são inoportunos, que querem ir por força sem serem chamados, parte pela rua.

CENA 16: ARLEQUIM
Arlequim vem pela rua, diz querer pedir de novo a Isabela que queira escutar Flávio, bate. Nisto

CENA 17: COLOMBINA e ARLEQUIM
Colombina sai de casa, Arlequim fala que quer pedir a Isabela, sua patroa, que escute Flávio, prometendo-lhe um prato de macarrão, Colombina promete fazer de tudo, bate. Nisto

CENA 18: ISABELA, COLOMBINA e ARLEQUIM
Isabela, da janela de casa, é suplicada por Arlequim para que ouça Flávio ao menos uma vez, Isabela não quer.

CENA 19: FRANCISQUINHA, ISABELA, COLOMBINA e ARLEQUIM
Francisquinha vem pela rua e fica à parte observando a cena. Colombina e Arlequim se ajoelham um de cá outro de lá, Colombina diz: “Senhora Isabela, não seja tão cruel, mova-se à nossa súplica, não queria ver a morte de um homem que tanto te ama e te deseja, escute o senhor Flávio que quer te dizer uma palavra”; Isabela depois de ter estado quieta, recusa falar e diz não querer vê-lo, que não quer comprometer a sua honra, tendo ela marido, diz que vão embora, que seu marido está vindo, que não seja a ruína deles e a dela. Nisto, Francisquinha, escondida em um canto, tendo ouvido tudo, parte pela rua, Arlequim responde dizendo: “Não nos moveremos nunca daqui até que a senhora se mova por piedade e nos faça essa graça de escutar o senhor Flávio”; ao fim Isabela tocada pelas súplicas diz que pode escutar Flávio com  pacto de não responder-lhe nunca; Colombina e Isabela entram  em casa, Arlequim fica e diz querer encontrar Flávio. Nisto

CENA 20: FLÁVIO e ARLEQUIM
Flávio vem da rua, entende tudo de Arlequim, contente a faz chamar, bate. Nisto

CENA 21: ISABELA, FLÁVIO e ARLEQUIM
Isabela da janela de casa, vê Flávio, ela silencia, Flávio lembra a ela do seu amor, a promessa, o ter esquecido dele, ter se casado; depois de muitas súplicas que quer que ela responda e narre a causa do seu desdenho, Isabela fala, Arlequim diz: “ela falou, ela falou, o peixe caiu na rede”; Isabela recusa Flávio, dizendo: “saia da minha frente, não se envergonha de falar? Vá embora, saia de baixo!”; Flávio quieto, sem dizer nenhuma palavra, parte pela rua; Arlequim diz: “Oh senhora Isabela, não é possível que seja tão cruel...”, Isabela o expulsa com as mesmas injurias dizendo: “Saia da minha frente, seu gigolorzinho!”, Arlequim, quieto, sem falar nada, parte pela rua, Isabela fica. Nisto

CENA 22: FRANCISQUINHA e ISABELA
Francisquinha vem pela rua, diz a Isabela aquilo que fez na rua, Isabela diz: “Meu marido, eles vieram decididos e queriam que eu falasse com um deles, e eu não quis nunca consentir pelo amor que eu tenho por ti”; Francisquinha diz: “Minha mulher, agora eu te quero bem, já que conheço a tua fidelidade”, se abraçam e entram em casa.

CENA 23: PANTALEÃO e ARLEQUIM
Pantaleão vindo da rua diz ter prometido dar Flamínia, a sua filhazinha, a Graciano, diz ter se arrependido, e não querer mais dá-la por haver muito mau informações dele; Arlequim diz fazer bem em não dá-la. Nisto   

CENA 24: GRACIANO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Graciano, vindo pela rua, fala sobre as núpcias, o terno do noivo; Pantaleão lhe dá boas palavras, Pantaleão parte pela rua; Arlequim diz a Graciano como Pantaleão se arrependeu de dar a filha por esposa, por ter mau informações dele; Graciano pede a Arlequim ajuda para se encontrar com Flamínia; Arlequim promete dar ela em suas mãos, diz que às duas horas da manhã, dando-lhe um sinal com um assovio, saia, que terá Flamínia em seu poder; testam e combinam o assovio. Graciano alegre parte pela rua. Nisto

CENA 25: COLOMBINA e ARLEQUIM
Colombina vem pela rua, ouve que se vestirá como Flamínia para enganar Graciano, mas que não deverá falar nada. Colombina diz que fará de tudo, parte pela rua. Nisto

CENA 26: ISABELA e ARLEQUIM
Isabela sai de casa, Arlequim a vê e diz que ela não queira ver a morte de Flávio, que queira escutá-lo e ajudá-lo, que não seja assim tão cruel. Isabela pergunta se ele quer bem a Flávio, Arlequim diz que pelo seu amor não cuida da própria vida. Isabela diz que, se ele tem compaixão por Flávio, é necessário que durma com o seu marido, se quiser que ela possa estar com Flávio. Arlequim coloca a mão na barba e diz: “Não vê, acho que você está me confundindo”; Isabela diz: “não estou, é porque meu marido é ciumento e se não me encontra na cama com ele, pobre de mim... é preciso que eu me recolha junto com ele, e três ou quatro vezes na noite ele acorda e me toca para ver se estou ali. Ele tem na cabeceira da cama um punhal desembainhado, que se ele não sentisse nada me enfiaria todo na pança”. Arlequim diz não querer se meter nesse perigo; Isabela diz que se ele ama o seu patrão é necessário que durma. Arlequim depois de muitos lazzi diz que o ensine como deve fazer, Isabela diz: “Assim que meu marido se deita junto comigo me beija na boca e mete uma mão sobre o meu tronco e me vai tocando até a barriga e depois sobre os peitos e repara se estou respirando, e é bem comum que ele esteja com o punhal desembainhado na mão”. Arlequim se mostra intrigado, nem sabe como fará, mas que dormirá com a cabeça virada para os pés e com as nádegas para cima, e quando o marido lhe tocar a bunda pensará que sejam os peitos e que as bufas servirão para que ele pense que respire, se bem que o fedor o fará afastar: “ mas se me der uma punhalada no buraco do cu, então cagarei todos os lençóis”; ao fim concordam em ir, com o pacto de não falar nunca para que o marido não perceba pela voz, Arlequim diz que vai fazer pelo amor de Flávio, seu patrão. Arlequim diz que dará um sinal com um assovio a Isabela para que ela saia; demonstra outro assovio. Isabela diz que esperará o sinal e sairá rápido, entra em casa. Nisto

CENA 27: FLÁVIO e ARLEQUIM
Flávio vem pela rua, Arlequim diz que conseguiu que ele se encontre com Isabela e que ele volte em duas horas que terá um encontro com Isabela. Flávio alegre, faz carícias em Arlequim e parte pela rua. Nisto

CENA 28: HORÁCIO e ARLEQUIM
Horácio pela rua, lembra a Arlequim do seu amor por Flamínia e diz que quer estragar as núpcias dela com Graciano, Arlequim promete ajudá-lo, bate na casa de Flamínia. Nisto

CENA 29: FLAMÍNIA, HORÁCIO e ARLEQUIM
Flamínia da janela de casa, ouve o amor de Horácio, o aceita por amante e por esposo, combinam se encontrar em uma hora, ao sinal do assovio de Arlequim. Arlequim demonstra o terceiro assovio diferente. Flamínia entra em casa; Horácio parte pela rua. Nisto

CENA 30: COLOMBINA e ARLEQUIM
Colombina vem de casa, vestida como Flamínia, para enganar Graciano; Arlequim dá o sinal assoviando para Graciano. Nisto

CENA 31: GRACIANO, COLOMBINA e ARLEQUIM
Da rua, abraça Colombina pensando ser Flamínia, dizendo: “meu bem, te terei mesmo sem o consentimento daquele velho bicudo”; partem pela rua, Arlequim fica. Nisto

CENA 32: FLÁVIO e ARLEQUIM
Flávio vem pela rua, para ficar com Isabela, Arlequim lhe dá o sinal. Nisto

CENA 33: ISABELA, FLÁVIO e ARLEQUIM
Isabela sai de casa, abraça Flávio e partem pela rua, Arlequim fica. Nisto

CENA 34: HORÁCIO e ARLEQUIM
Horácio vem pela rua para encontrar com Flamínia, Arlequim dá o sinal com o assovio para Flamínia. Nisto

CENA 35: FLAMÍNIA, HORÁCIO e ARLEQUIM
Flamínia sai de casa, abraça Horácio e partem pela rua; Arlequim diz que precisa ir para ficar na cama do marido de Isabela, que se ele despertar, não perceberá nada, entra em casa.

CENA 36: GRACIANO e COLOMBINA
Graciano e Colombina, vêm pela rua, de roupa de dormir, ambos com uma lanterna na mão. Graciano diz não ter podido dormir por causa de muitos pássaros que faziam muito barulho, diz querer ir em outra casa, diz a Colombina pensando ser Flamínia: “Alma minha, meu bem, deixe-me beijar-te uma só vez!”, Colombina não quer, Graciano olha se vem alguém, descobre seu rosto, o qual vendo ser muito feio, começa a gritar, chamando ajuda, pensando que sejam fantasmas. Nisto

CENA 37: ARLEQUIM, FRANCISQUINHA, FLÁVIO, ISABELA, GRACIANO e COLOMBINA
Da casa deles, saem todos de camisola e uma lanterna na mão, correram pelo barulho, já que já tinham ido para cama; Graciano no fim reconhece ser Colombina, lhe grita e lhe reclama, Colombina diz que foi Arlequim que mandou ela ir disfarçada, Arlequim revela o engano e as espertezas feitas, e diz que, estando apaixonado um pelo outro, deu Flamínia por mulher a Horácio. Graciano chora e sai. Arlequim continua dizendo ter dado Isabela a Flávio, e ele ter ido dormir com o marido que não se percebeu do engano, e que, aliás, foi uma noite maravilhosa. Todos estranham. Francisquinha, retirando a máscara, mas com o cabelo preso, revela não ser ela homem, como todos pensavam, mas mulher, e que fez isso tudo para que no fim Isabela não tivesse outro marido que não fosse Flávio; fazendo alegrias, os namorados tocam as mãos das namoradas para fazer as núpcias, ficando só, Colombina chora pois não ganhou nem um prato de macarrão, todos entram em casa.

Fim da Comédia.

Cenas a serem ensaiadas.
·         Flávio pede ajuda a Arlequim, promete-lhe gorjeta, depois de lazzi, Arlequim diz que tentará falar com Isabela.
·         Horácio fala sobre o amor que sente por Flamínia
·         Cena 12: texto.
·         Arlequim faz lazzi por ter Isabela desmaiada nos braços.
·         Horácio e Flávio querem ir às núpcias e Graciano tenta dispensá-los.
·         Cena 19, 21 e 22: textos.
·         Cena 26.
·         Cena 31: texto.
·         Cena 36: texto.
·         Cena 37.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Comédia na Comédia


A COMÉDIA NA COMÉDIA
Tradução, adaptação e argumento: Marcus Villa Góis. Manuscrito original de Basilio Locatelli, conservado na Biblioteca Casanatense Roma, Manoscritti 1211 e 1212. Publicado por: TESTAVERDE, Anna Maria. I Canovacci della Comedia dellArte. Torino: Giulio Einaudi, 2007.
Personagens
Pantaleão, ator 1.
Isabela, filha, ator 5.
Arlequim, servo, ator 3.
Covielo, ator 6.
Flamínia, filha, ator 2.
Flávio, depois Curzio, filho de Covielo, ator 7.
Tófano, médico, ator 2.
Graziano, ator, ator 4.
Horácio, ator, depois Cataldo, filho de Pantaleão, ator 6.

Coisas: 5 cadeiras, um florete. Barba falsa para Flávio.

Argumento:
                Vivia em uma pequena cidade do interior chamada Sermoneta dois distintos e velhos amigos: Pantaleão e Covielo; todos os dois viúvos. Pantaleão tinha por filhos Isabela e Cataldo, este desaparecido há muitos anos, e Covielo tinha por filhos Curzio e Flamínia. Para satisfazer o desejo do amigo Pantaleão cede a filha à Covielo. Para comemorar as núpcias contratam um grupo de atores para representarem uma comédia, a partir deste momento muitas verdades começam a ser reveladas, muitas máscaras começam a cair.

Sermoneta

CENA 1: PANTALEÃO e ARLEQUIM
Pantaleão, vindo de casa com Arlequim, diz querer casar sua filhinha, Isabela, por já estar na idade e porque Covielo a pediu em casamento; bate na porta da casa de Covielo.

CENA 2: COVIELO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Covielo, vindo de casa, ouve como Pantaleão está contente de lhe dar Isabela como esposa, fazem lazzi, entram em acordo pelo dote. Pantaleão manda Arlequim chamar Isabela. Arlequim grita. Nisto

CENA 3: ISABELA, COVIELO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Isabela vem de casa,  compreende, por seu pai, a promessa de se casar com Covielo, ela recusa, fazem lazzi, ao fim, por força de bravatas e ameaças, toca mão a mão com Covielo, Isabela, descontente, entra em casa; Covielo diz que vai ao cartório para fazer as certidões e que esperará Pantaleão, parte pela rua. Pantaleão diz a Arlequim que vá convidar os parentes e que chame os comediantes para alegrar a festa, Arlequim, que fará tudo, parte pela rua. Pantaleão que vai encontrar Covielo, parte pela rua.

CENA 4: FLÁVIO
Flávio vem da rua dizendo ter abandonado os estudos em Pádua pelo amor que tem por Isabela e estar disfarçado por medo de seu pai Covielo, bate na porta de Isabela; nisto

CENA 5: ISABELA e FLÁVIO
Isabela vem de casa, reconhece Curzio, que afirma estar incógnito com barba postiça, tendo mudado o nome para Flávio pelo amor dela e de ter deixado os estudos de Pádua. Isabela se desespera pois Pantaleão, seu pai, a casará com Covielo; Flávio, sofrendo, diz que permaneça com o ânimo bom, que ele vai tentar estragar tudo, parte pela rua, Isabela entra em casa.

CENA 6: PANTALEÃO
Pantaleão vem da rua, diz ter feito as certidões com Covielo e querer arrumar as núpcias. Nisto

CENA 7: ARLEQUIM, GRACIANO e PANTALEÃO
Arlequim entra da rua; diz a Pantaleão ter convidado os parentes e ter trazido o chefe dos comediantes. Mostra-lhe Graciano, Pantaleão lhe pergunta qual é o seu papel, Graciano diz fazer o apaixonado, Pantaleão ri, dizendo: “Olha a cara-de-pau para fazer o apaixonado”, ao fim combinam pela comédia dez escudos, lhe dá o calção, Graciano diz querer chamar os companheiros, sai pela rua. Pantaleão manda Arlequim trazer as cadeiras, diz não ver a hora que comece, todos entram em casa.

CENA 8: COVIELO
Covielo entra da rua, alegre pelas núpcias e festas que quer dar. Diz querer divertir Flamínia, sua filhinha, na festa, bate em casa. Nisto

CENA 9: FLAMÍNIA e COVIELO
Flamínia da janela de casa ouve que Covielo se casará. Ele diz querer casar ela em breve e que venha à festa e à comédia que se fará, ela desce. Covielo bate na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 10: PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM, FLAMÍNIA e COVIELO
Pantaleão vem de casa junto com Isabela e Arlequim. Pantaleão abraça Covielo seu genro, fazendo gaiatices com Isabela de má-vontade. Arlequim manda que todos se sentem e que os comediantes se aprontem. Nisto

CENA 11: FLÁVIO, PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM, FLAMÍNIA e COVIELO
Flávio vem da rua; Arlequim apresenta o forasteiro a todos. Flávio se coloca à parte para ouvir a comédia. Arlequim dá ordens que se deve começar. Nisto

CENA 12: GRACIANO, FLÁVIO, PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM, FLAMÍNIA e COVIELO
Graciano, primeiro toca e faz música. Covielo sai da platéia com incontinência urinária. Graciano anuncia o silêncio, que se fará uma comédia ao improviso, entra. Nisto

CENA 13: HORÁCIO, FLÁVIO, PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM e FLAMÍNIA
Horácio vem da rua, narra o amor que tem por Vitoria, filha de Graciano, diz querer pedi-la ao pai como esposa; bate

CENA 14: GRACIANO, HORÁCIO, FLÁVIO, PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM e FLAMÍNIA
Graciano vem de casa e ouve tudo de Horácio, fazem o acordo de casamento; Horácio sai, Graciano reclama que podia arrumar alguém mais rico. Nisto, cai no chão uma luva de Isabela.

CENA 15: COVIELO, GRACIANO, FLÁVIO, PANTALEÃO, ISABELA, ARLEQUIM e FLAMÍNIA
Covielo retorna arrumando as calças e vê Flávio correndo para recuperar a luva, beijando a luva e oferecendo-a de volta a Isabela; Covielo gritando empurra a mão de Flávio, intercede dizendo que o forasteiro se afaste. Fazendo rumor, todos murmurando fogem, primeiro Arlequim para esquerda, depois Graciano para a direita, Pantaleão conduz Isabela e Flamínia para casa. Flávio foge e Covielo o segue com a espada em riste.

CENA 16: PANTALEÃO e ARLEQUIM
Pantaleão sai de casa e manda Arlequim levar embora as cadeiras. Enquanto Arlequim arruma Pantaleão lamenta do inconveniente ocorrido, diz que Isabela está mal pelo susto que tomou e manda Arlequim chamar um médico. Arlequim sai levando as cadeiras. Nisto

CENA 17: PANTALEÃO e COVIELO
Covielo vem pela rua, armado, diz querer vingar-se de Flávio que ele não devia fazer aquilo que fez e querer matá-lo. Pantaleão repreende Covielo dizendo não ter sido grande coisa e por isso não devia sentir-se ultrajado. Pantaleão avisa que Isabela está doente, Covielo desesperado quer ir chamar o médico, os dois partem pela rua.

CENA 18: FLÁVIO e ARLEQUIM
Flavio e Arlequim vêm pela rua, Arlequim conta que Isabela está doente por causa do susto que levou, Flávio lhe promete uma gorjeta se o ajudar e manda chamar Isabela. Arlequim entra na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 19: ISABELA e FLÁVIO
Isabela da janela de casa fala do susto que passou, depois falam amorosamente, trocando juras, combinam um encontro para fugir juntos às duas horas da manhã; Isabela entra em casa, Flávio sai para encontrar destino para a fuga; parte pela rua.

CENA 20: HORÁCIO
Horácio vem pela rua, fala português, se queixa de quando atuava na comédia, devia ter falado espanhol, e diz que, quando ele atuou na comédia na casa de Pantaleão, viu uma belíssima jovem que lhe olhava muito e ter-se enamorado dela, diz não saber quem ela seja, vai procurando-a. Nisto

CENA 21:  FLAMÍNIA e HORÁCIO
Flamínia surge na janela, vê Horácio, se cumprimentam juntos, é convidada a descer, ela vêm para baixo. Horácio declara o seu amor, ela aceita-o, e diz que porque o pai não a quer casar, ela quer por conta própria, diz querer satisfazê-lo, mas na casa de uma vizinha. Combinam encontrar-se às duas horas da manhã; Flamínia entra em casa, Horácio alegre, parte pela rua.

CENA 22: TÓFANO
Tófano vem pela rua, diz ser o médico mandado por Pantaleão para visitar Isabela, sua filhinha noiva, estando adoentada, bate na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 23: ARLEQUIM e TÓFANO
Arlequim na janela entende ser o médico que veio ver a noiva, o faz entrar e todos entram em casa.

CENA 24: PANTALEÃO e COVIELO
Pantaleão vem pela rua e diz ter mandado o médico para ver a esposa, dizem querer saber como esteja, batem na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 25: TÓFANO, PANTALEÃO e COVIELO
Tófano vem de casa, diz que a doente se curou, não ser nada e que está bem, todos se alegram;  Covielo diz querer guardar a arma, entra em casa, eles ficam. Nisto

CENA 26: GRACIANO, TÓFANO e PANTALEÃO
Graciano vem pela rua, vê Pantaleão, lhe chama à parte e pede o dinheiro da comédia. Pantaleão diz que não terminaram de fazer, Graciano que não importa, que não foi por culpa deles; ao fim, Pantaleão diz que fará pagar agora do seu irmão, por ele não ter dinheiro consigo, lhe mostra Tófano, Graciano diz que sim e diz estar contente; Pantaleão diz a Tófano, à parte, que aquele homem está mau e que insistiu para que fizesse a gentileza de sentir o seu pulso, faz um sinal a Graciano, Tófano diz que sim. Pantaleão diz que este será o pagamento que ele merece, sai pela rua. Tófano diz que se aproxime, que quer sentir seu pulso, Graciano não quer, ao fim deixa fazer aquilo que ele quer, Graciano lhe ordena que lhe dê oito escudos que ele ficou de dar, Tófano diz que a febre o fez delirar, que ela deve ser maligna, que é necessário ainda tirar o sangue, fazendo lazzi, ao fim apertam as mãos e partem pela rua.

CENA 27: HORÁCIO
Horácio vem pela rua, finge noite, diz não saber qual seja a casa de Flamínia, diz ser a hora de encontrar-se, conforme marcaram. Nisto

CENA 28: ISABELA e HORÁCIO
Isabela sai de casa, fingindo noite escura, faz sinal, acreditando que Horácio seja Flávio, e Horácio acreditando que Isabela seja Flamínia, tratam-se de “meu amor”, “minha paz”, “meu tesouro”, se abraçam e partem pela estrada.

CENA 29: FLÁVIO
Flávio vem pela rua, fingindo noite, diz querer levar embora Isabela e mantê-la na casa de um amigo. Nisto

CENA 30: FLAMÍNIA e FLÁVIO
Flamínia sai de casa, fazem sinal, tratam-se de “meu amor”, “minha paz”, “meu tesouro”, ela acredita ser Horácio e ele acredita ser Isabela, sem falar se abraçam, fingindo noite, saem pela rua.

CENA 31: HORÁCIO e ISABELA
Horácio e Isabela vêm pela rua, tendo descoberto não serem amantes, Isabela implora a salvar a sua honra e o amor de Flávio e que, por gentileza, a leve na casa de uma amiga sua por respeito ao seu pai e tente encontrar Flávio; Horácio se lamenta e depois, ao fim, suplicado, se contenta, partem pela rua.

CENA 32: FLÁVIO e FLAMÍNIA
Flávio e Flamínia vêm pela rua, eles descobriram não serem amantes, Flamínia se lastima pensando que fosse o Horácio, Flávio lamenta por Isabela, duvida que não esteja em casa. Nisto

CENA 33: HORÁCIO, FLÁVIO e FLAMÍNIA
Horácio vem pela rua lamentando-se da má sorte de não ter visto Flamínia, a vê, entende tudo o que ocorreu, ao fim descobrem, ele e Flávio, um ter a namorada do outro, gabam-se de nenhum ter prejudicado o amigo em sua honra, dizem querer ir se divertir, partem pela rua.

CENA 34: COVIELO
Covielo sai de casa, fingindo manhã cedo, dizendo não ter dormido toda a noite pensando em Isabela que quer logo tomar por esposa já que não possui qualquer mal. Bate na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 35: ARLEQUIM e COVIELO
Arlequim surge na janela, fingindo dormir faz lazzi. Covielo chama por Pantaleão, Arlequim diz que dorme, mas ao fim entra e chama. Nisto

CENA 36: PANTALEÃO e COVIELO
Pantaleão da janela, fingindo levantar-se agora da cama, Covielo diz querer a mulher, que a quer levar sem fazer núpcias nem festas; Pantaleão sai e diz que está muito cansado, que toda aquela noite ouviu passos pela casa, ao fim rogado, chama Isabela. Nisto

CENA 37: ARLEQUIM, PANTALEÃO e COVIELO
Arlequim da janela de casa ouve que chamam Isabela, que chegou o esposo e que a acorde. Arlequim entra e sai várias vezes, fazendo lazzi que dorme, às vezes na janela, às vezes na rua; ao fim diz que Isabela não está em casa, Pantaleão e Covielo se desesperam, entram e saem da casa, um por vez, e não a encontram, duvidam que tenha sido seqüestrada, dizem querer armar-se e procurá-la; Pantaleão e Arlequim entram em sua casa, Covielo na dele.

CENA 38: FLÁVIO e HORÁCIO
Flávio e Horácio dizem ter deixado as amorosas na casa de uma vizinha e querer pedi-las aos seus pais como esposas. E se eles não quiserem dar, querer levá-las de qualquer modo pelo mundo, se escondem vendo vir o pai de Flamínia. Nisto

CENA 39: COVIELO
Covielo vindo de casa, estando desesperado, pois não encontrou Flamínia, sua filhinha, em casa. Bate na casa de Pantaleão. Nisto

CENA 40: PANTALEÃO, ARLEQUIM e COVIELO
Pantaleão e Arlequim saem de casa, armados. Covielo narra que Flamínia também fugiu de casa, resolvem matar quem tenha colocado a mão nelas.

CENA 41: FLÁVIO (CURZIO), PANTALEÃO, ARLEQUIM e COVIELO (HORÁCIO)
Flávio sai do esconderijo com a mão na barba e se aproxima de Covielo. Covielo pergunta onde está Isabela. Flávio diz ter algo importante para revelar. Covielo retira a capa e a máscara e entrega a Flávio para segurar. Horácio surge, implora Flamínia por esposa e veste novamente a máscara. Covielo diz que não por ele ser ator, retira novamente a máscara. Horácio diz que não se ofenda pois ele é um nobre cavalheiro, que Graciano pode testemunhar pois o criou desde pequeno com Francisquinha sua mãe de leite, mas que seu pai verdadeiro se chamava Pantaleão dos Humildes; Pantaleão ouve isso, reconhece Horácio como Cataldo, seu filhinho. Pantaleão narra que o tutor Graciano levou embora Francisquinha e que Francisquinha levou consigo Cataldo por tê-lo amamentado; fazendo alegrias o abraça. Horácio veste a máscara e a capa. Covielo surge contente por ter entendido que Horácio seja filho de Pantaleão e lhe concede por esposa Flamínia; Flávio se ajoelha defronte a Covielo, seu pai, e, tirando do rosto a barba postiça, revela-se Curzio e diz estar disfarçado por ter vindo dos estudos de Pádua pelo amor de Isabela; Covielo o perdoa e Pantaleão lhe concede Isabela sua filha por mulher; fazendo alegrias, sai Flávio (Curzio) e Covielo para chamar as mulheres. Nisto

CENA 42: GRACIANO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Graciano vem pela rua, pede a Pantaleão que o pague pela comédia feita, Pantaleão o pega e lhe revela tudo, de ter levado embora Francisquinha e Cataldo, seu filhinho. Graciano lhe pede perdão e diz que para trabalhar faziam comédias e para não ser reconhecido ele tinha cortado a barba. Pantaleão lhe perdoa. Nisto

CENA 43: HORÁCIO, ISABELA, FLAMÍNIA, FLÁVIO, GRACIANO, PANTALEÃO e ARLEQUIM
Isabela e Flávio de mãos dadas, e Horácio e Flamínia abraçados, desfilam com Pantaleão, Arlequim e Graciano tocando instrumentos pelas ruas, comemorando os casamentos.  Fazendo alegrias entram para fazer as núpcias, todos em casa.

Fim da comédia.

Cenas a serem ensaiadas
·         Covielo e Pantaleão fazem lazzi, entram em acordo pelo dote.
·         Isabela recusa casar com Covielo, fazem lazzi, ao fim, por força de bravatas e ameaças, toca mão a mão com Covielo.
·         Pantaleão abraça Covielo seu genro, fazendo gaiatices com Isabela de má-vontade.
·         Graciano, primeiro toca e faz música.
·         Horácio narra o amor que tem por Vitoria.
·         Graciano vem de casa e ouve tudo de Horácio, fazem o acordo de casamento.
·         Isabela fala do susto que passou, depois ela e Flavio falam amorosamente.
·         Horácio declara o seu amor a Flamínia
·         Cena 26: Graciano chama à parte Pantaleão... Graciano cobra dinheiro de Tófano... fazendo lazzi, ao fim apertam as mãos.
·         Horácio finge noite.
·         Isabela finge noite escura. Ela trata Horácio de “meu amor”, “minha paz”, “meu tesouro.
·         Flávio finge noite.
·         Flamínia trata Horácio de “meu amor”, “minha paz”, “meu tesouro” e finge noite.
·         Covielo sai de casa, fingindo manhã cedo.
·         Arlequim surge na janela, fingindo dormir faz lazzi.
·         Cena 41.
·         Pantaleão revela tudo a Graciano, de ter levado embora Francisquinha e Cataldo, seu filhinho.
·         Isabela e Flávio de mãos dadas, e Horácio e Flamínia abraçados, desfilam com Pantaleão, Arlequim e Graciano tocando instrumentos pelas ruas, comemorando os casamentos.